O que você procura?

TRI Enem – O que é e como funciona?

geniodoenem 10 de maio de 2016 às 18:17
Tempo de leitura
12 min

tri enem o que é e como funciona

Para a TRI Enem, acertar questões com padrão de coerência resultam em notas melhores. Saiba mais detalhes e confira as nossas dicas para se dar bem!

A TRI Enem, o qual significa Teoria de Resposta ao Item, atribui a nota do candidato pela habilidade e conhecimento que possui. Sendo assim, o seu foco está no indivíduo e o quanto ele é capaz de responder uma questão, não importando se ela é fácil ou difícil, mas em seu grau do quanto ela é.

Desse modo, caro leitor, não adianta apenas você acertar as questões das provas do Enem e pensar que teve sucesso ou obtido uma nota excelente. Pelo contrário, você será avaliado tanto pelas questões que te fez acertar quanto pelas que te fez errar.

Supõe-se, para o Enem, que você seja capaz de responder qualquer questão proposta, que está apto para enfrentar níveis diferentes de dificuldade e consiga superá-las. É isso que realmente importa para o Enem!

Por isso, não se baseie no instrumento que mede o seu conhecimento, que nesse caso é a prova do Enem, mas se concentre no quão conhecimento e inteligência que domina nessa matéria ou disciplina e, especificamente, no assunto abordado. Esse será o seu diferencial!

Por essa razão, vale a pena destacar algumas informações ao que tange a TRI Enem, pois é a maneira em que você será avaliado e que te fará alcançar a nota final recebendo uma excelente pontuação.

Muito mais importante que compreender esse método avaliativo das provas do Enem é poder extrair todo o conhecimento que se pode ter a fim de aplicar na hora do exame!

Certamente, se assim você pensar e ter como meta, fará uma grande avaliação e poderá atingir a nota máxima que deseja! Veja mais informações sobre a TRI Enem e se prepare!

O que é TRI Enem?

De acordo com o Inep – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, a TRI é:

“uma modelagem estatística criada para mensurar características que não podem ser medidas diretamente por meio de instrumentos apropriados, como ocorre com altura e peso. Como não há nenhum aparelho que possa medir, por exemplo, a proficiência de um estudante em matemática ou a intensidade da depressão de uma pessoa, foi criada formas de avaliação indireta. Essas características são chamadas de traço latente ou construto. Essa medida indireta se dá a partir de respostas apresentadas a um conjunto de itens, elaborados de modo a formar um instrumento de medida que possa permitir a sua quantificação de modo fidedigno”

Também, ele diz: “o conhecimento está no indivíduo, não no instrumento de medida. Não há, portanto, quando se utiliza a TRI, prova fácil ou difícil”

Assim, entendemos que essa TRI, instrumento aplicado na prova do Enem, é uma avaliação indireta cujo objetivo é medir a inteligência do candidato a partir de suas respostas. A proficiência ou o quão um candidato é capaz de responder uma questão está nele (conhecimento adquirido) e não nesse instrumento que o avalia.

Por isso, você precisa entender que a TRI Enem avaliará sua resposta conforme o seu desempenho, habilidade e domínio do conteúdo. Desse modo, as suas respostas erradas também são submetidas para medir o seu grau de deficiência.

É como se a banca examinadora o perguntasse: “Porque você errou? Porque acertou? Como tem tanta certeza dessa resposta? O que te levou a essa alternativa?” Baseando-se na sua resposta subjetiva, embora você assinalasse alguma da alternativa proposta. Será que você saberia responder? A TRI Enem responde para você!

A Teoria Clássica das Medidas era usada antes da TRI no Enem

Antes do surgimento da TRI Enem por volta dos anos 50, a Teoria Clássica era utilizada para medir a proficiência (capacidade) do candidato. O mecanismo de uso era considerar o número de acertos das questões levando a descontar os erros.

Ou seja, a cada questão que você acertava, eliminava-se o que você havia errado. Desse modo, os erros não eram submetidos a uma análise.

Se, por exemplo, você acertasse simplesmente por que usou de “chute”, sem ter nenhum conhecimento do assunto, supõe-se que você sabia da resposta, embora o desconhecesse. E o resultado? O erro era eliminado.

Diante desse raciocínio da Teoria Clássica das Medidas, ela considerou o seu acerto como válido eliminando o erro, então, se conclui que você teria dois acertos. Porém, na realidade seriam dois erros, pois ambas as respostas você não tinha tal conhecimento. Entendeu a falha desse tipo de instrumento avaliativo? Acertar a questão não determinaria o conhecimento que possui sobre tal assunto.

É justamente esse detalhe que a TRI Enem traz de grande respaldo para avaliar cada resposta do candidato, pois agora a questão é considerada tanto ao que você acerta como a que você erra!  Ela consegue medir de forma precisa o seu grau de inteligência utilizando dessas métricas de “traço latente” cujo enfoque é a sua proficiência e não o instrumento de medida (prova do Enem).

Diferenciais entre a Teoria Clássica das Medidas e a TRI

Veja a seguir a diferenciação entre a Teoria Clássica das Medidas e a TRI para que possa compreender melhor a sua aplicação nas provas do Enem!

Teoria Clássica das Medidas ou dos Testes

  • Foco nas questões certas descontando as erradas
  • Compara desempenho dos estudantes que tenham feito as mesmas provas
  • Resulta imprecisão
  • Chute não é previsto (não há como saber se houve ou não)
  • Enfoque na resposta, sem considerar a habilidade do candidato

TRI – Teoria de Resposta ao Item

  • Foco nas questões certas e erradas (ambas são analisadas e atribuídas uma nota)
  • Compara desempenho entre os candidatos, desde que contenham itens comuns
  • Compara também desempenho entre os candidatos submetidos a provas totalmente diferentes
  • Infere com maior precisão
  • Não existe prova fácil ou difícil
  • Chute é previsto
  • Sistema montado dentro de um padrão de coerência
  • Mede a proficiência do candidato
  • Enfoque no padrão de resposta do candidato
  • Itens com respostas de maior coerência terão notas melhores

Como a TRI Enem funciona?

A Teoria de Resposta ao Item utiliza de um algoritmo capaz de identificar e traçar a sua medição resultando em uma nota precisa. De forma simples, ele atribui a nota conforme o conjunto de itens e não apenas a um, separadamente.

Então, em uma prova de 45 questões nas quais o acerto de um candidato é 10 e o outro também acerta 10, em se tratando de questões diferentes, as notas de ambos não serão iguais, apesar de acertarem o mesmo número de questões. Cada item é avaliado como um grupo de suas respostas (tirado uma média) e comparados com o outro colega.

Além disso, o padrão de coerência em cada resposta é altamente valorizado e quanto mais coerente na resposta, mais o candidato terá uma nota alta. E como é esse padrão de coerência?

É quando o candidato responde cada item porque sabe, porque tem conhecimento e domina esse conteúdo. Nesse âmbito, cada item distribuído na prova do Enem é organizado levando em conta esse traço medindo o seu grau de proficiência ou dificuldade. As questões não estão ali por estar, pois até elas são dispostas coerentemente (de propósito).

Portanto, não fixe em calcular a sua nota ou tentar atingi-la contando os acertos que teve. Isso não atribui que sua nota terá um peso maior ou que ela será alta. Não existe nota mínima ou máxima, toda a pontuação é baseada com pontos que equivalem de 0 a 1000.

Você precisa ter a certeza que a questão é realmente a certa e que o conhecimento que possui para tal resposta é com base coerente e assertiva, ou seja, não há a menor dúvida que a sua resposta tem fundamento.

Para a TRI Enem, o que conta mesmo é a nota de cada área entre as 5 que existem, as quais são:

  • Ciências Humanas, Ciências da Natureza, Matemática, Linguagens e Códigos e Redação.

Como também a pontuação tem pesos diferentes, pois vai depender do curso desejado e da faculdade escolhida. Cada uma delas atribui um peso diferenciado e, por isso, não dá para comparar a prova com ninguém.

Há algumas faculdades que utilizam de uma média aritmética e ainda há outras que aplicam pesos diferenciados. Não dá para afirmar como é aplicado de forma exata, mas você saberá buscando informações a esse respeito no curso ou faculdade que deseja ingressar mediante as provas do Enem!

Exemplo de TRI Enem

Peguemos um exemplo de dois candidatos que acertam 15 questões de matemática. Mediante isso, cada um tem uma nota diferente do outro, embora tenham atingido o mesmo número de acertos.

Isso perfeitamente acontece nesse sistema de TRI Enem porque a sua nota vai depender de qual questão acertou e qual errou. Sendo assim, a TRI vai identificar o grau de proficiência e dificuldade de acerto de ambos os candidatos. Logo, a nota poderá ser 120 de um e 200 de outro.

Dicas para se dar bem nessa TRI Enem

  • Faça primeiro as questões que você realmente tem conhecimento, ou seja, que sabe, conhece, sem sombra de dúvida.
  • Se você estiver confuso entre duas alternativas, vá pela lógica e a mais provável.
  • Deixe as questões que você acha ser difícil (para você, pois para um outro candidato pode ser fácil) por último a serem respondidas.
  • Aplique a técnica da eliminação, ou seja, vá eliminado aquelas alternativas improváveis de serem certas. Para chegar ao certo, elimine o errado, entendeu?
  • Estude para aprender o conteúdo e não para acertar as questões. Eleve o seu grau de habilidade fazendo questões do Enem de provas anteriores.
  • Não deixe nenhuma questão em branco, pois até aquela que você errou receberá uma pontuação, só que mínima!

Acerte questões fáceis e médias

Para atingir a nota maior será preciso acertar questões fáceis e médias e errar as difíceis dentro do padrão da banca examinadora ao que tange o ser fácil, média e difícil (como se fosse uma escala).

Como é que você vai acertar uma questão em que há coesão textual se nem ao menos sabe quais são os conectivos a serem usados? É uma questão de coerência. Se você sabe, certamente, responderá de forma assertiva todas as questões que abrangem esse assunto, sem deixar nenhuma confusão, caso apareça na prova do Enem.

Como o objetivo é medir a sua capacidade, não dá para fingir ou tentar enganar que sabe na hora da prova. Tente aprender ao máximo e vá até o seu limite em obter conhecimento. Pode ser que essa prova não seja tão boa, mas aprimore o seu intelecto continuamente que da próxima vez será melhor.

Você notou como a TRI Enem mede de forma sistêmica e coerente as suas questões, tanto acertos como erros. O ideal é que se for para errar, que sejam aquelas mais complexas e difíceis – SEMPRE! Mas, tente acertar essas questões difíceis também, mas sem errar as outras.

Até mesmo se, durante as 45 questões, você acertar ou errar aleatoriamente (não definindo o que fácil, médio e difícil), isso concluirá que você chutou e a TRI Enem vai identificar isso.

Por essa razão, tenha muita cautela ao responder as questões das provas do Enem. Veja que cada questão respondida é única e ao mesmo tempo ligada a todas as outras, pois entre elas há uma mescla de grau de competência e dificuldade.

Tenha atenção para responder, pense com tranqüilidade, sem pressa. Aproveite para responder as questões que você mais sabe em cada área para que ao chegar nas mais complexas, você tenha tempo para pensar e analisar.

Desejamos a você muito sucesso e esperamos que tenha compreendido esse sistema da TRI Enem de forma clara e consistente.

E lembre-se: Não adianta acertar questões difíceis se nem as fáceis você acerta. A probabilidade de acertos fáceis resulta em nota maior. Se você é capaz de acertar uma questão fácil, será capaz de acertar uma média e difícil.

Se ainda tem alguma pergunta, então, deixe seu comentário abaixo. Continue acompanhando as nossas postagens aqui no blog Gênio do Enem e aprenda as melhores técnicas de estudo!

 Caso a sua dificuldade maior seja em aprender matemática, faça parte do melhor curso do Brasil, o curso Gênio da Matemática. Com ele, você terá grandes chances de obter conhecimento nessa área e sucesso. Adquira já! Visite o site oficial para ter mais detalhes de como fazer parte!

Última atualização em 10 de maio de 2016 às 18:24