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Sujeito – Conceito e como identificá-lo?

geniodoenem 6 de julho de 2017 às 14:45
Tempo de leitura
6 min
Sujeito - Conceito e como identificá-lo!

Conheça sobre o sujeito, o seu conceito e como identificá-lo na oração. Aprenda mais sobre essa parte que é importante para a prova Enem.

Sujeito - Conceito e como identificá-lo!

Sujeito – Conceito e como identificá-lo!

O estudo do sujeito (e também do predicado que iremos ver em breve no outro post) faz parte da sintaxe na Língua Portuguesa.

A sintaxe, de forma breve, pode ser definida como a componente da gramática. Ela contém as regras de combinação das palavras da língua para a formação de frases e orações do período.

Sendo assim, é de extrema obrigação você estudá-lo. Ainda mais para a prova do Enem onde está presente em quase todos os enunciados. Aproveite para aprender mais sobre sujeito e tudo que o envolve na Língua Portuguesa.

Leia também as nossas categorias do Blog Gênio do Enem…

Conceito de sujeito

É o suporte ao qual é endereçada a afirmação contida no predicado.

A propósito do seu significado, é preciso desfazer a velha ideia de que é sempre o agente da ação verbal. Pode ser, mas não necessariamente. Eis alguns exemplos:

  • O pássaro voa
  • O pássaro bicou a fruta
  • O pássaro caiu no chão
  • O pássaro foi espantado pelo barulho

Em todos os casos, pássaro funciona como suporte das afirmações contidas no predicado. Está, pois, funcionando como sujeito. Mas apenas nas duas primeiras é o agente da ação verbal.

Nas outras duas é o paciente, isto é, está indicando quem sofreu a queda e quem sofreu a ação de ser espantado.

A condição essencial para a constituição de um predicado é o verbo. Prova disso é que o verbo é a única classe de palavras as quais podem, sozinhas, constituir um predicado. Exemplo:

  • Acidentes acontecem

Não há nenhuma outra classe de palavras com essa propriedade. Mas não se pode concluir apressadamente que todo verbo a tenha. A maioria deles, aliás, reclama o acompanhamento de outros termos para formar um predicado, como vem ilustrado nos exemplos a seguir:

  • O dia amanheceu
  • O dia amanheceu cinzento
  • O dia amanheceu cinzento em São Paulo
  • O dia amanheceu cinzento em São Paulo hoje
  • O dia sucedeu à noite
  • O dia já vem surgindo atrás dos montes
  • O dia está sujeito a pancadas de chuva hoje
  • O dia hoje começa nublado
  • O dia hoje foi o mais frio do ano

Todos esses exemplos demonstram que o predicado pode ser formado por um verbo apenas, ou por um verbo e outros acompanhantes, mas necessariamente contém um verbo. Mesmo que esteja elíptico (apagado), ele sempre estará presente.

Marcas típicas do sujeito – Como identificá-lo?

Se de um lado é difícil dar uma definição simples e ao mesmo tempo satisfatória, de outro é muito fácil identificá-lo na oração por meio de suas propriedades típicas. Vejamos cada uma delas.

1 – Concordância

O verbo da oração concorda com o respectivo sujeito. Isso quer dizer que a desinência do verbo fornece pistas para identificá-lo. Prova disso é que, muitas vezes, nem é preciso explicitá-lo. Exemplos:

  • Eu pensei que tu estavas flutuando!
  • Pensei que estavas flutuando!

2 – Colocação

No português, a colocação mais usual do sujeito é antes do verbo (na escrita, à esquerda). Excetuados alguns poucos verbos, mesmo que o sujeito venha colocado depois, a oração fica plenamente aceitável com a transposição para antes. Exemplo:

  • Ocorreram durante o verão deste ano, sobretudo no interior do Paraná, perdas significativas da safra do feijão.

O sujeito, posposto ao verbo nessa frase, fica mais perceptível quando anteposto, como na frase abaixo:

  • Perdas significativas da safra do feijão ocorreram durante o verão deste ano, sobretudo no interior do Paraná.

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3 – Permutabilidade por um pronome do caso reto

Os pronomes do caso reto (eu, tu, ele, nós, vós, eles) funcionam como sujeito. Quando ele é constituído por um substantivo, pode ser permutado pelos pronomes ele, ela, eles, elas. Tomemos este exemplo:

  • Há flores no jardim

A falta de concordância com o verbo já indica que a palavra flores não é o sujeito. Além disso, não é possível deslocá-lo para a esquerda do verbo e permutá-la pelo pronome do caso reto correspondente (elas):

  • Elas há no jardim (frase inaceitável)

Não se pode dizer o mesmo sobre esta frase:

  • Existem flores no jardim

Nesse caso, flores é o sujeito, que pode ser colocado antes do verbo e trocado por elas, fazendo a concordância.

Elas existem no jardim é uma frase perfeitamente aceitável na Língua Portuguesa.

4 – Ausência de preposição

Uma marca linguística útil para descartar a hipótese de sujeito é que este nunca vem precedido de preposição. A sua marca serve para desfazer ambiguidades.

Uma frase como “Uma boa mãe um bom filho deseja” é ambígua. Isso porque pela compatibilidade de sentido e pela concordância, tanto mãe como filho podem ser interpretados como sujeito do verbo desejar.

Permutando o sujeito por um pronome reto, teríamos duas versões possíveis.

1) Interpretando a mãe como sujeito – Ela um bom filho deseja

2) Interpretando o filho como sujeito – Uma boa mãe ele deseja

Para desfazer a ambiguidade, basta marcar com uma preposição o termo que não se quer como sujeito. Assim, teremos então:

1) Uma boa mãe a um bom filho deseja

2) A uma boa mãe um bom filho deseja

Em resumo, como ele é uma função que não vem marcada por preposição, um termo precedido de preposição não pode ser interpretado como sujeito.

Você aprendeu rapidamente o seu significado e como poderá identificá-lo na oração. Viu também exemplos para que esclareça melhor em sua mente.

Esperamos que tenha sido de grande valia para o seu preparo na prova do Enem e que pratique lendo textos, poemas e suas diversidade de tipos.

Em outro post, abordaremos os tipos de sujeito para que entenda como eles aparecem na oração.

Se quiser, comente algo que gostou, que já sabia sobre o sujeito ou que esclareceu melhor o seu entendimento. Compartilhe, se assim desejar!

Última atualização em 29 de junho de 2017 às 15:57