Barroco no Brasil Resumo para o Enem
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barroco no brasil
O Barroco, a arte do século XVII, é considerado como a arte da indisciplina. Ele se fez presente quando houve um momento de crise espiritual na cultura ocidental.
Pode-se ver que é um período em que o homem se encontra dividido: de um lado, o paganismo e a sensualidade e, por outro, com forte impacto da religiosidade lembrando o teocentrismo medieval.
Diferentemente do Barroco europeu, que se voltou principalmente às exigências do público aristocrático, o Barroco brasileiro nasce e se desenvolve em condições bastante diferentes. Ele ganha características próprias, como é o caso da poesia do baiano Gregório de Matos.
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Barroco no Brasil Resumo para o Enem
Aqui você terá alguns pontos importantes para saber sobre essa época. Como ele é apenas um resumo, então, aprofunde-se para conhecer melhor.
Barroco no Brasil Contexto histórico
Século XVII – O Brasil presenciava o nascer de uma literatura própria durante essa fase.
A literatura ainda estava frágil e presa aos modelos lusitanos. Também restrita a uma elite muito pequena e culta e ainda sem poder contar com um público consumidor ativo e influente.
Foi quando começou a despontar os primeiros escritores nascidos na colônia. E, com eles, surgiam as primeiras manifestações do sentimento nativista, isto é, de valorização da terra natal.
Nesse período, o Barroco surgiu onde não havia o luxo e a pompa da aristocracia européia, que, como público consumidor, apreciava e estimulava o refinamento da arte barroca.
O período entre 1720 e 1750 foi que o Barroco ganhou realmente impulso no Brasil porque foram fundadas várias academias literárias por todo o país.
Obra considerada como marco inicial do Barroco brasileiro é Prosopopeia (1601), de Bento Teixeira, um poema que procura imitar Os Lusíadas.
Escritores barrocos mais importantes
- Poesia: Gregório de Matos, Bento Teixeira, Botelho de Oliveira e Frei Itaparica
- Prosa: Pe. Antônio Vieira, Sebastião da Rocha Pita e Nuno Marques Pereira
Poesia de Gregório de Matos – Adequação e irreverência
O maior poeta barroco no Brasil que recebeu grande destaque é Gregório de Matos (1633-1696). Ele também foi um dos fundadores da poesia lírica e satírica em nosso país.
Ele primou pela irreverência. Foi irreverente como pessoa, ao chocar os valores e a falsa moral da sociedade baiana de seu tempo, com seus comportamentos considerados indecorosos.
Como poeta lírico, ele seguia e, ao mesmo tempo, quebrava os modelos barrocos europeus
Como poeta satírico, empregava um vocabulário de baixo calão, denunciou as contradições e falsidades daquela sociedade. Ele não se curvou ao poder das autoridades políticas e religiosas.
Em pleno século XVII, o poeta chegou a ser um dos precursores da poesia moderna brasileira do século XX.
A Lírica de Gregório de Matos
Cultivou 3 vertentes da poesia lírica: a religiosa, a amorosa e a filosófica.
A lírica amorosa é fortemente marcada pelo dualismo amoroso carne/espírito, que leva normalmente a um sentimento de culpa no plano espiritual.
A lírica filosófica é destacada textos que se referem ao desconcerto do mundo (lembrando diretamente Camões) e às frustrações humanas diante da realidade. E também poemas em que predomina a consciência da transitoriedade da vida e do tempo, marcados pelo “carpe diem”
A lírica religiosa obedece aos princípios fundamentais do Barroco europeu, fazendo uso de temas como o amor a Deus, a culpa, o arrependimento, o pecado e o perdão. Além disso, apresenta constantes referências bíblicas.
A Sátira de Gregório de Matos
Conhecido também como “O Boca do Inferno”, em razão de suas sátiras, Gregório de Matos representa uma das veias mais ricas e ferinas de toda a literatura satírica.
Gregório emprega em suas sátiras uma língua portuguesa diversificada, cheia de termos indígenas e africanos (que refletem o bilinguismo ou trilinguismo da época), de palavrões, gírias e expressões locais.
A poesia de Gregório, ao abrir espaço para a paisagem local e língua do povo, manifesta pela primeira vez como nativista em nossa literatura.
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Prosa de Pe. Antônio Vieira – Literatura como Missão
Antônio Vieira (1608-1697) é a principal expressão do Barroco em Portugal. Sua obra tanto pertence à literatura portuguesa quanto à brasileira.
A maior parte de sua obra foi escrita no Brasil e está relacionada com as inúmeras atividades que o autor desempenhou como religioso.
Ele era visto como um homem de ação, visionário e orador.
Embora Vieira fosse religioso, nunca se restringiu a atuar apenas com pregação religiosa.
Colocava seus sermões a serviço de causas políticas que abraçava e defendia e, por isso, se indispôs com muita gente: com os pequenos comerciantes, com os colonos que escravizavam índios e até com a Inquisição.
Vieira também teve o seu lado sonhador e profeta chegando a escrever 3 obras com esse conteúdo: Esperanças de Portugal, Clavis Prophetarum e História do Futuro.
As qualidades de Vieira como orador são incomparáveis. Aliando a sua formação jesuítica à estética barroca em voga, pronunciou sermões que se tornaram ao mesmo tempo expressão máxima do Barroco em prosa sacra.
Também é uma das principais expressões ideológicas e literárias da Contra Reforma.
Entre sua vasta produção, conta-se com mais de 200 sermões e 500 cartas, as quais destaca-se: Sermão da sexagésima, Sermão pelo bom sucesso das armas de Portugal contra as de Holanda, Sermão de Santo Antônio e Sermão do mandato.
Conclusão
Como visto, o Barroco no Brasil Resumo para o Enem é apenas informações bem sucintas, sem muito aprofundamento. Ele é um esquema, apenas. Por essa razão, você deve buscar mais dados e somar a esses que leu para que possa compreendê-lo.
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