Português no Enem – Corrija estes 8 erros comuns!
Conheça estes 8 erros comuns que ocorrem no uso popular e aprenda a usar corretamente para as provas de português no Enem!
Prezado candidato às provas de português no Enem, você já deve ter estudado que o uso popular é inaceitável não apenas nesse exame no qual se submeterá, mas em todas as universidades e nos concursos públicos do Brasil, não é mesmo?
A maior exigência e uma das competências que a banca avaliadora requer de você é justamente o uso impecável da língua portuguesa em conformidade com o padrão da norma culta.
Pensando nisso e considerando que você pode se confundir ou já ter se acostumado a utilizar algumas palavras e expressões erradamente, aqui no blog Gênio do Enem iremos fornecer os 8 erros comuns. Isso servirá para que você faça uma prova de Português no Enem com todo o sucesso e bom êxito.
8 erros comuns para as provas de Português no Enem
1 – Barato e Caro: Uso Indevido Quanto Ao Preço!
Normalmente, utilizamos as expressões “preço barato” e “preço caro”, porém, são indevidos. Os objetos, as mercadorias, os produtos, serviços são “baratos e caros”. Ex:
1) Este livro estava barato;
2) As tarifas da luz estão mais caras;
3) Os artigos da loja são bem baratos.
******* Lembrete: Quanto aos preços dizemos que eles estão baixos ou módicos, altos ou exorbitantes, extorsivos ou abusivos!
Aprendendo Mais!
Barato e caro, quando empregados como advérbios, permanecem invariáveis. Ex:
1) Vende-se barato este livro;
2) Ele pagou caro pelos seus erros;
3) Comprou caro os seus carros.
2 – Regência correta: “Do que eu mais gosto…” e NÃO: “O que eu mais gosto…”
Ex: O que eu mais gosto de estudar para o Enem é a disciplina da língua portuguesa.
Você já deve ter usado a expressão “O que eu mais gosto…” em diversos momentos de sua vida, né? Ela é comum no dia a dia, porém, encontramos um grave erro de regência quanto ao seu uso.
É uma questão de eufonia, que nada mais é uma sucessão harmoniosa de sons. Para a fala ficar mais agradável aos nossos ouvidos e para um bom português se constrói assim:
- Do que eu mais gosto de estudar para o Enem é a disciplina da língua portuguesa.
****** O mesmo ocorre com as seguintes frases: “O que não concordo, o que…”, o correto seria: “Com que não concordo…”, “no que…” e não “o que…”.
Ex:
1) Com que não concordo é falar mal dos meus amigos;
2) No que o país deve intervir é a melhoria dos transportes públicos.
3 – Vítima fatal NÃO existe!
Popularmente, nos expressamos com as seguintes palavras:
- Foi vítima fatal!
Esse uso é uma impropriedade de linguagem. Esse adjetivo “fatal” significa determinado ou como que determinado pelo destino, inevitável, funesto, inexorável, que produz desgraças. O correto é:
1) Prazo fatal;
2) Paixão fatal;
3) Golpe fatal;
4) Acidente fatal.
A vítima, é óbvio, não causa desgraça ou morte nenhuma de ninguém, portanto, não pode em hipótese alguma ser fatal! Não esqueça se caso aparecer na prova de português no Enem!
4 – Concordância verbal – Verbo Ser!
Olha só…que interessante esse trecho da música Simples Coração do Engenheiros do Hawaii. Quero destacar aqui o emprego do verbo “ser”, já que ao olharmos de relance podemos dizer que esse tipo de concordância verbal está equivocada. Porém, analisemos com atenção este pequeno trecho da música:
- “Me traz na bagagem. Tua Viagem sou eu. Novas paisagens, destino passagem: Tua tatuagem sou eu”
Quem é a tua viagem? Eu sou a tua viagem. Tua Viagem sou eu.
Quem é a tua tatuagem? Eu sou a tua tatuagem. Tua tatuagem sou eu.
Você percebeu a perfeita concordância verbal do verbo ser? Os Engenheiros do Hawaii acertaram corretamente esse emprego. A viagem e a tatuagem está concordando verbalmente com o pronome pessoal “eu”, isso sempre deve concordar, independente da ordem da frase.
Nesse caso, não há concordância com o sujeito, apesar de que é pedido na 3 pessoa do singular: é e foi. Vejamos como ficaria estranho se fôssemos utilizar concordando com o sujeito.
Quem é a tua viagem? É eu a tua viagem. A tua viagem é eu.
Além da eufonia que fica desagradável e desarmoniosa, a concordância verbal está incorreta e, por isso, evite usar na prova de português no Enem, caso venha a surgir!
5 – O pronome “Você” pertence a quê pessoa? 2ª pessoa ou 3ª pessoa do singular?
Na verdade, esse pronome “você” é inaceitável na norma culta, apesar de ser frequentemente substituído pelo pronome “tu”. Muitos estudiosos da língua portuguesa afirma que ele nem deveria existir tanto na fala (e pior!) nem na escrita.
Ele meio que se popularizou no Brasil e agora, culturalmente, todos nós utilizamos em nossa linguagem cotidiana. Mas, a sua origem remete-se ao pronome de tratamento Vossa Mercê. Por isso, pela origem do “você”, ele é um pronome de tratamento. E lembre-se: todo pronome de tratamento é usado na 3ª pessoa do singular!
Mas, pela prática do falar é como se tivéssemos utilizando na 2ª pessoa, em substituição ao “tu” (com quem se fala e não de quem se fala). Não entendeu nada né? É, já saquei, olha só, resumindo:
- “Você” pede o verbo conjugado na 3ª pessoa, mas, no discurso(fala) é da 2ª pessoa (interlocutor).
Por isso, “você” são 2 verbetes!
Lembre-se da conjugação do verbo sempre na 3ª pessoa:
- 2ª pessoa 3ª pessoa
- Tu falas – você fala
- Tu vens – você vem
- Tu pões – você põe
6 – Colocação Pronominal nas frases – Muito Importante!
Os pronomes átonos que utilizamos numa frase faz com que o texto apresente-se de forma elegante e com eufonia. Ainda mais quando se fala nas provas de Português no Enem ou quando prestamos o vestibular ou qualquer outra forma de escrita e fala. É exigível a correta grafia!
Os pronomes átonos podem vir:
1) Próclise: antes do verbo – Nunca te abandonarei!;
2) Ênclise: depois do verbo – Abandone-me, por favor!;
3) Mesóclise: no meio do verbo – Abandonar-te-ei só por um momento!
Uso da Próclise
* Antes do verbo quando há palavras de sentido negativo. Exemplos: jamais, nunca, nada, não, ninguém:
- Ninguém me falou sobre o amor;
- Nada te fará desistir
* Antes do verbo quando há algum advérbio. Ex: sempre, ali, nunca, amanhã, bastante, muito, outros:
- Sempre te amei
- Talvez me esquecerei daqueles livros
* Antes do verbo quanto este, vir precedido de pronome relativo.
- Há momentos que nos emocionam mesmo
- Exitem situações que me deixa muito triste
* Antes do verbo quando há alguma conjunção subordinativa.
- Espero que me acompanhes
- Traga o que me prometeste
* Frases exclamativas ou que expressa desejo.
- Que Deus o proteja, meu filho!
- Aiaiaia, espero um dia me casar!
* Frases iniciadas por pronomes interrogativos
- Quem te falou isso?
- O que te faz alegre?
Uso da Ênclise
* Verbos no infinitivo:
- Vou amá-lo eternamente
- Dá-me entendimento
* Verbo no imperativo afirmativo:
- Empreste-me aquele livro!
- Lembre-me de tomar aquele café!
* Verbos no gerúndio:
- Levantando-se da cama, começou a cantar
- Andando-se mais rápido, queimamos calorias
PS: Se o gerúndio for precedido da preposição “em”, usa-se a próclise. Ex: Em se falando de religião, ninguém deve discutir.
Uso da Mesóclise
* Verbos no futuro do presente
- Contar-lhe-ei a verdade
- Ficar-me-ei a vida toda com você
* Verbos no futuro do pretérito
- Contar-lhe-ia a verdade
- Amar-me-ia a vida toda com você
PS: Se antes do verbo houver palavras de sentido negativo, pronomes ou advérbios interrogativos, não devemos usá-la e sim, a próclise. Ex:
- Nunca lhe contarei a verdade
- Quem me amará a vida toda
7 – “Eu Vi Ele Passar Por Aqui…” – Uso Popular
É bem impressionante como as pessoas utilizam esta oração popularmente: “Eu vi ela…” ou “Faz tempo que não vejo ela” – Isso é uso popular e não culto devendo ser extinto de sua escrita na prova de português no Enem ou redação.
O pronome reto (eu, tu, ele, nós, vós, eles) assumiu o papel de complemento verbal como vimos na frase anteriormente. Mas, ele está incorreto! O correto fica assim:
- Eu a vi passar por aqui!
- Faz tempo que não a vejo
- Você a viu passar por aqui
- Espero vê-la voltar
8 – Concordância Nominal – É proibido, É bom, É necessário
Só há variação se o sujeito vir precedido de artigo ou outro que o determine.
- É proibido entrada de pessoas normais (sem o artigo fica proibido)
- É proibida a entrada de pessoas normais (varia por causa do artigo “a”)
- É bom escolher as melhores fantasias
- É boa a escolha pelas melhores fantasias
- É necessário mudar!
- É necessária a mudança!
Menos, Alerta, Pseudo
São sempre invariáveis.
***** Não existe “menas”
- Havia menos leitores na sala de aula
- Havia menos leitoras na sala de aula
- Aqui há menos pessoas
- A menina ficou alerta!
- O menino ficou alerta!
- Era um pseudoescritor.
- Era uma pseudoescritora.
Agora que você já conheceu estes 8 erros comuns para que possa fazer uma boa prova de português no Enem, aprenda um pouco mais sobre o que é Crônica, um dos itens que podem constar em uma das questões do exame. E também adquira mais conhecimento sobre coerência textual, um item super importante para a sua redação ser um sucesso!
O que é crônica?
Rapidamente, podemos identificá-la sobre alguns de seus aspectos, leia:
- É uma narrativa curta e leve, com poucos personagens;
- Publicado geralmente em jornais e revistas, mas, ultimamente é possível vê-la em muitos blogs e sites;
- Nesse gênero textual, o tempo e espaço são limitados. Isso quer dizer que a ação ocorre num curto espaço de tempo e num espaço restrito;
- Pode ser escrita tanto na primeira pessoa quanto na terceira pessoa;
- Caracteriza-se pelo registro de fatos do dia-a-dia contados com humor, ironia ou lirismo pelo cronista;
- Pode tanto ser considerada como texto jornalístico como texto literário por ser uma manifestação de fatos cotidianos que são transformados em literatura;
- Uma crônica pode ser humorística, crítica, paródica, reflexiva ou lírica;
- As crônicas são bem flexíveis, ou seja, pode ter várias facetas, mas sem perder suas características básicas;
- Um texto em que é focalizado num flagrante da vida, pitoresco e atual, real ou imaginário, com ampla variedade temática, num tom poético, porém coloquial. Sua ação é rápida e sintética.
Veja um exemplo de uma crônica:
Uma Pequena Crônica
Janela ao sol. Estico o pescoço com dificuldades e olho para fora. Pessoas apressadas, buzinas, olhares fugidios. Ouço vozes, muitas. Desconexas, sem fim nem começo. Sinto cheiros estranhos. Não há mais o que se provar. Não há mais gostos, apenas releituras bizarras. Fedor. Os toques são sempre involuntários. Esbarros. Ninguém teve a intenção. O emaranhado das relações parece mais novelos de lã embaraçados. Ninguém sabe onde tudo começa. Estou cansado, minha vista dói. Não suporto mais essa confusão. Encolho o pescoço, fecho a janela, olho para o quarto. O espelho no fundo revela-me. Descubro, então, que eu estava dentro de mim.
Coerência Textual
Pode-se descrevê-la como um texto que é possível estabelecer sentido em sua estrutura, oração. Diz que aquele texto teve coerência porque atingiu o princípio da interpretabilidade por aquele que está lendo. Se houve, então, esse texto foi coerente.
Tem que haver lógica das ideias, sentido relacional entre o contexto, união, ligação, complemento…. é não se contradizer nas partes do texto. E use-a sempre que estiver em uma questão de português no Enem para que acerte com sucesso!
Para escrever um texto com coerência é importante que o escritor tenha conhecimento do assunto abordado, conhecimento de mundo e conhecimento em saber usar a intertextualidade (criação de um texto a partir de outro texto existente, estabelecer relações entre dois textos).
Vejamos este exemplo da falta de coerência textual muito comum entre as redações:
1 – “Estava andando sozinho na rua, ouvi passos atrás de mim, sai correndo, era um homem alto, estranho, tinha em suas mãos uma arma…”
Aqui está explícito a falta de coerência. Se o narrador não olhou, saiu correndo, como ele pode descrever o personagem? Como ele sabe que o homem era alto? Tinha uma arma?
Então, a coerência precisa ter harmonia, nexo entre o texto! Considerar o contexto nesse aspecto é imprescindível!
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